sábado, 14 de junho de 2008


Eu vejo a luz,
O céu desaba a chuva mais suave
Que meu olhos já sentiram,
Este cigarro ofereço a você,
Mulher de face intensa.
De longe as aves cantam anunciando a madrugada
E junto trás toda a solidão do meu ser,
O céu desaba
Preciso sentir-te
O que queres de mim?
Preciso que me digas o que sentes
O que são esses arrepios que vem do fundo da alma.
Trazendo toda a singela loucura que posso ser
Sabes dizer meu nome,
Mais não sabes dizer quem sou,
Embaixo deste papel amarelado encontram-se todos
Os feitiços e fetiches que possuo
Não consigo dizer ao certo o que sinto,
Não consigo senti-la
Não provei do teu gosto
Mais sei que estais aqui comigo agora
E a chuva cai,
Levando e lavando tudo embora
A mesma intensidade da água que esta sendo
Derrubada,
Eis o sentimento que possuo
As palavras somem da minha mente
Assim como você é desconhecida para mim
Amor não me deixe só,
Não fujas de mim quando ler estes versos
Pois nossos caminhos estão traçados
Nas encruzilhadas da vida!
Linda cigana, menina mulher.
Diga-me o que sentes para que eu possa decifrar
Os mistérios dos teus olhares estáticos.
Este friozinho é aconchegante a minha aura
Mando-te a minha outra metade,
Digo que sou sua,
Cuide bem de mim.
Sou leoa, sou mulher.
Entrego a você à luz das sombras da vida,
E da morte.
E aqui traço o equilíbrio
Que festejemos juntas os próximos beltanes.